E porque nao?

goncalo said...
Hoje estou inspirado ...(ou nao)Este belo texto foi retirado ... bem, nao sei bem de onde foi retirado mas escrito por mim eh q nao foi de certeza, de qq forma ... gostaria de o aqui deixar uma vez q eh bem bonito :)
Amor é longe, sexo é utopiaO dia dos namorados é para festejar? Começo a ter dúvidas.
Vejamos: notícias recentes dizem-nos que os adolescentes que beijem muitos parceiros em duas semanas quadruplicam a possibilidade de contrair meningite. O estudo é australiano, mas ainda não chegou ao Brasil onde, segundo a revista Veja, a moda do momento entre os jovens é dar vinte beijos numa noite. Mas vai chegar. No país onde Arnaldo Jabor escreveu e Rita Lee cantou que o amor é prosa e o sexo poesia, o caminho que a coisa leva dá para pensar no pior: dentro de uns anos teremos péssima poesia e pouco sexo. Amor... nem de boca.Para complicar, um outro estudo recente confronta-nos com um problema que se mantém, pelo menos, desde que Shere Hite decidiu tentar educar os machos no caminho da paciência e nas artes da língua e das mãozinhas: o orgasmo feminino. Quem se deu ao trabalho de manusear o calhamaço - passe a expressão - que a bendita senhora Hite escreveu a propósito da sexualidade feminina ainda aprendeu alguma coisa a tempo de enfrentar o problema. Na pior das hipóteses, levou à séria o lema das Páginas Amarelas - «vá pelos seus dedos» - com muita dose de generosidade e acabou por se dar bem.A realidade, porém, é esta: um terço das mulheres portuguesas continua a ter dificuldade em atingir o orgasmo. E o homem, em alguns casos, continua a dormir. Durante e depois. Isto porque, segundo o dito estudo, nós só conseguimos perceber que 24 por cento delas não chega lá, embora, na realidade, 32 por cento das mulheres nunca cheguem lá. Ou seja, oito por cento delas continua a fingir... maravilhosamente. Do nosso ponto de vista, claro.Leio ainda que, aqui ao lado, em Espanha, as adolescentes e quarentonas procuram desesperadamente a cirurgia estética. Prioridade: mamas. Tamanho e volume, entenda-se. Os homens recorrem a vitaminas para aumentar ficticiamente a massa muscular e são assaltados por dezenas de mails e folhetos que propõem a melhor receita para aumentar o tamanho do dito cujo e recorrer ao viagra. O tamanho e a duração importam? Não sei. A verdade é que os machos e as fêmeas gastam cada vez mais tempo com o sexo virtual do que com os pecados da carne. E muito mais em ginásios, spas e piscinas a tentar esculpir um corpo de desejo para se dar a ver e ser visto. Longe das mãos e do coração.Nos EUA, de onde as modas partem e um dia nos chegam, multiplicam-se os lóbis e associações em defesa da abstinência sexual. Por cá, rematando, o nosso Moita Flores considera um imperativo nacional desde os tempos de Aljubarrota que os portugueses se deitem, desliguem o televisor e sirvam a pátria fazendo muitos filhos.Confusos? Eu também. Mas o drama é de monta, ora vejam: na boca, não, por causa da miningite. Sem preservativo, não, por causa da SIDA. Na rua, não, por causa do pudor. Nas montanhas também não, porque dá filme, dirão outros. Se, por acaso, vencemos os medos e avançamos para o corpo a corpo, corremos o risco de constatar que a carne é literalmente fraca, tem botox nos lábios, silicone nos peitos, pelos cantos e pelas pontas. Na melhor das hipóteses, na cama, sim, mas apenas para procriar.Falta-nos a Natália Correia e vivem-se dias difíceis. Nestas alturas, lembro-me de Woody Allen, que um dia definiu a masturbação como o acto de fazer amor com alguém de quem se gosta muito. A continuarmos assim, o velho Woody é sério candidato a visionário. O amor será longe demais e o sexo utopia. E, se assim for, que se lixe a poesia.peço desde jah desculpa a kem vai ler isto no flog ... q acho q tb vai para la :)