Dois minutos de conversa

“O que me vai na alma?”.

Penso que toda a gente se devia colocar esta questão, e mediante a resposta determinar se vale ou não a pena viver prisioneiro das suas emoções. É dificil dar aquele primeiro passo em frente, concedo que sim, e é dificil porque para o fazermos precisamos não só de mobilidade emocional, como também de uma coragem à prova de balas. Não dar o passo em frente é o equivalente a vestir um colete que não nos protege a cabeça.
Toda a gente que o experimentou diz, a seguir áquele primeiro momento de avanço receoso, vem uma correria desenfreada em direcção á felicidade. Já não temos o peso do colete da alma, somos mais rápidos, destemidos, confiantes, incisivos – adjectivos não faltam.
Voltando atrás, porque se deixam ficar presas as pessoas? Porque na esquadra das emoções, têm garantida a refeição e o tecto que os abriga. Mas não têm a liberdade que lhes permita viver...

Vale a pena viver morto?
Vale a pena conversar sem falar?
Vale a pena escutar sem ouvir?
Vale a pena olhar sem ver?

Um passinho...